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sexta-feira, 26 de março de 2010

Vidas Secas – Graciliano Ramos




Narrando a vida sertaneja, as dificuldade da caatinga brasileira, falta de água, comida e acomodações o filme de Nelson Pereira dos Santos “é lindo” e maravilhoso por mostrar cenas da vida sertanista.
Ao indagar sobre as problemáticas que o filme transmite, refletimos no âmbito de uma realidade ainda existente, e, de conjuntura política, econômica e social brasileira. Que no sentido amplo das cenas são mostradas e sentidas por aqueles que possuem percepções aguçadas diante da micro história.

Fabiano, vaqueiro, é o chefe da família dos retirantes nordestinos.

Sinhá Vitória, mulher de Fabiano é quem possui mais conhecimentos que o cônjuge, seu sonho é um dia ter uma cama igual à do seu Tomás da Bolandeira, sempre evocado na narrativa como sinônimo de homem sábio.

Os meninos pouco aparecem quanto à questão de fala, restringindo-se por muito tempo a grunhidos.

Baleia, o personagem mais curioso do filme, é uma cadela que tem importante papel no drama sertanejo.

Seu Tomás da Bolandeira, tido como exemplo de homem, possuindo grande conhecimento.

O soldado amarelo, assim como o fiscal da prefeitura e o dono da fazenda, são retratados como rivais ou detentores da opressão.
Este último, pelo fato de ser chamado de Amarelo, penso, será que Graciliano Ramos quis fazer uma analogia com o poder governamental e sua opressão a região nordestina? Isso não sabemos, mas nunca podemos dizer que não.

Vale a pena conferir, se não o filme pelo fato de ter sido feito em 1963 e não estar mais disponivel no mercado, o livro sim.





























O Paradoxo da Espera do ônibus

Por muito tempo relutei em não postar este vídeo, entretanto ele é sensacional, com uma sátira refinada quem não se vê na pele do rapaz que espera ansiosamente pela vinda de seu ônibus?

Falo por mim mesmo, o fato é: por mais que achemos que o ônibus não venha, na hora mais indesejada ele passa.

“Quanto mais espero, mais vou esperar” – “Bonito isso, filosófico”.

“Pego ou não pego, pego ou não pego, pego ou não pego, já foi também, o meu já deve ta vindo só pode, né possível que não, o jeito é esperar”

Com narração de Chico Serra e desenhos de Gabriel Renner o curta metragem fala por sim só.

Não continuarei a escrever confiram.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Entrevista do Oficina G3 ao site Kboing


Fala galera, hoje estarei postando uma entrevista muito bacana. A banda Oficina G3, uma das maiores no seguimento Rock Cristão Brasileiro estive conversando um pouco com o pessoal do site Kboing, a entrevista dada pelo baixista (Duda Tambasco) e o vocalista (Mauro Henrique), foi composta por uma pequena história de quando eles começaram, seus antigos integrantes, planos e tal... vale a pena, e claro, é pena o guitarista (Juninho Afram) não está na entrevista.


Estou postando também link para o clipe da música Incondicional do cd "Depois da Guerra"
Entrevista: Oficina G3
Pioneira no estilo musical rock’n roll cristão, a banda Oficina G3 formada há 22 anos, irá lançar o primeiro DVD da carreira no início do primeiro semestre de 2010. O trabalho que foi gravado no final de julho, na cidade paulista de Santa Bárbara d’Oeste, está em fase de pós-produção de vídeo e áudio.

Formado por Mauro Henrique (vocal), Duca Tambasco (baixo), Juninho Afram (guitarra), Jean Carllos (teclado), a Oficina G3 conta com uma discografia de sete álbuns de estúdio, desses quatro discos de ouro. O grupo que já realizou turnês pela Europa, America Latina e Estados Unidos, comemora a conquista do Grammy Latino deste ano, após ter sido indicado outras duas vezes, em 2005 e 2007.
O baixista Duca Tambasco e vocalista Mauro Henrique concederam entrevista exclusiva ao

Kboing. O lançamento do DVD, a nova turnê, a repercursão da banda no meio secular e fatores que merecem a atenção dos cristãos foram alguns dos temas abordados pelos músicos. Confira a entrevista:


Kboing – Além de um instrumento de conversão. O que é a música significa pra você?
Duca Tambasco – É uma paixão, aquilo que nos dedicamos a vida toda. Pra mim é algo que veio de família. Minha família é de musicistas desde pais, estendendo até tios, primos...então não tinha muito como fugir disso. E nada como unir o útil ao agradável, não é? A nossa fé, aquilo que a gente leva no coração, com aquilo que a gente ama tanto que é a música.


Kboing – A escolha do nome Oficina G3 foi inspirado em algo?
Duca Tambasco – A banda era o terceiro grupo de louvor de uma igreja, chamado Grupo 3, por isso G3, uma abreviação. E quando finalmente, pintou a proposta de fazer o primeiro LP, na época, isso em 1990, surgiu a ideia de agregar ao nome G3, a palavra oficina, que nada mais é do que o lugar onde conserta coisas, e no nosso caso, a gente conserta vidas.


Kboing – Como foi o início da banda? Hoje os integrantes não são da formação inicial, trace um panorama da historia do grupo...
Duca Tambasco – A banda começou em 1987, como um grupo que foi crescendo bastante. O Juninho está desde o começo e a formação inicial contava também com o Manga, ex-vocalista, com o Maradona, ex-contrabaixista, Valter Lopes, ex-baterista, que começaram esse trabalho, eles sempre se dedicaram e trabalharam muito por esse projeto. Em 1994, eu entrei, em 1996 foi o Jean que entrou e depois veio o PJ, que entrou não sei exatamente e também não lembro exatamente o ano em que ele saiu...e quando o PJ saiu o Juninho começou a fazer os vocais e há cerca de um ano e meio o Mauro entrou com a gente ai para gravar o CD “Depois da Guerra”, e entrou com o pé direito, pois ganhamos o Grammy Latino com esse trabalho.


Kboing – E qual foi a emoção de ter um álbum premiado?
Duca Tambasco – Nossa foi demais. Muito legal, porque com esse disco ganhamos também o Troféu Talento, que é o maior evento de música cristã do Brasil. Tivemos a oportunidade de vencer em duas categorias: Já o Grammy Latino era a nossa terceira indicação e como eu falei o Mauro entrou com o pé direito, arrebentando nos vocais. A gente unindo isso a essas conquistas que com certeza alegram nossos corações, mas que não são o foco da nossa vida, da nossa trajetória. O nosso objetivo sempre foi falar de Jesus, foi trazer a palavra de Deus através do rock’n roll, mas é claro que um prêmio como o Grammy nos dá um fôlego novo.


Kboing – Qual o segredo para conquistar um público de tantas religiões diferentes como evangélicos, católicos, luterano, metodista, presbiteriano, batista, pentecostais...?
Duca Tambasco – Eu atribuo isso ao respeito. Sempre tivemos muito respeito, apesar de termos as nossas convicções: Jesus Cristo como nosso Salvador, cremos como cristãos que somos na vida eterna...do mesmo jeito que temos nossas crenças, nós nunca recriminamos as pessoas que tenham outras crenças. Quando a oportunidade vem, a gente fala aquilo que pensa, mas também não ficamos batendo de frente, até mesmo porque nós como cristãos, acreditamos que muito mais que a minha palavra, muito mais do que a minha agressão a qualquer tipo de religião, o próprio Deus pode falar através de nossas músicas...então pra que é que eu vou passar na frente de Deus que é soberano?Acredito que o respeito que a gente sempre teve seja por católicos, espíritas, macumbeiros, umbandistas, budista, ‘n’ religiões, é notado pelas pessoas. Nós só temos uma mensagem a dizer para todas as pessoas: Jesus Cristo é a razão do nosso viver e pode ser a razão do viver de todos.Mauro Henrique – A questão musical também tem muito a ver, porque eu acho que o rock’n roll rompe muitas barreiras, com certeza existe sempre o preconceito, mas eu creio que a questão musical chama muito a atenção das pessoas e isso faz com que a gente esteja em evidencia, sendo comentado em comunidades como Metallica, Dream...


Kboing – Como vocês encaram a fama?
Duca Tambasco – Lidamos da forma mais natural possível. Acredito que posso falar por todos, porque começamos muito cedo, sem fã nenhum, não começamos gigantes. Então esse crescimento foi gerando um amadurecimento gradativo. A partir do momento que acontece algumas vezes de você fazer um showzão para 4 mil pessoas e no dia seguinte, vou vai tocar numa igreja por exemplo e tem lá suas 30 pessoas, isso te coloca no seu lugar: de que você não é nada, é só um veiculo. É claro que a gente fica muito feliz com a admiração das pessoas...como aconteceu agora pouco, de um cara vir me entregar um CD e falou que começou a tocar contrabaixo por minha causa e eu nossa, fico feliz da vida porque tenho visto que nossa música tem alcançado as pessoas.


Kboing – As letras das músicas são fruto de experiências pessoais, do dia a dia? Como surge a inspiração para compor?
Duca Tambasco – Todos nós compomos. Estávamos eu e o Mauro falando disso agora. Acabei de falar com ele de uma música que ontem a noite, na viagem em que estávamos vindo de São Paulo, me veio uma letra. As vezes são experiências muito próximas, coisas que a gente ouve na igreja, que o pastor traz uma palavra e a gente pensa: poxa!Interessante isso aí, acho que uma música a respeito disso vai levar uma mensagem, porque uma coisa é 500 pessoas ouvirem outra coisa é o alcance de uma música.Mauro Henrique – Acho que rola uma conexão assim, já que a gente vive muito tempo junto, viajando...quando o Duca me falou dessa letra, já me veio várias coisas na mente do que a gente mesmo vive, ou seja, não precisei falar para ele: você ta dizendo isso por causa que aconteceu aquilo...Duca Tambasco – É, acaba que a maioria das músicas a gente compõe em conjunto.Mauro Henrique – Quando eu entrei na banda, as músicas de “Depois da Guerra” já estavam compostas e tal, mas eu acabei contribuindo em algumas ainda....Duca Tambasco – Sempre trabalhamos dessa forma, a gente traz a ideia, bem mastigada às vezes, bem crua e finalizamos juntos.


Kboing – E quanto aos temas das músicas, vocês não enfocam apenas a religião, mas as letras falam também de preocupações sociais como o combate as drogas, o meio ambiente, etc...
Duca Tambasco – Estão conectados. Não tem como desconectar a mensagem de Deus para uma mensagem que não seja antidrogas, ecológica, politizada. No nosso caso porque somos protestantes por natureza. Apesar de existir essa nomenclatura evangélico, eu me considero muito mais protestante, pois faço parte de uma igreja que tem uma história protestante, então consequentemente isso esta na nossa veia, é difícil desagregar uma coisa da outra.


Kboing – Quais são os planos da banda para o ano que vem?
Duca Tambasco – Iremos lançar um DVD no ano que vem. O trabalho foi gravado em Santa Bárbara d’Oeste no final de julho, com um repertorio totalmente nosso com músicas em cima do disco “Paz e Guerra”. Estamos na pós-produção de vídeo e áudio e acreditamos que no começo de 2010 o pessoal já vai estar um DVD filé aí na mão. Mauro Henrique – Já iremos começar a turnê do DVD, embora seja basicamente as mesmas músicas do CD, mas elaboramos um show diferente que iremos seguir esse padrão do DVD, vai ser uma nova turnê do “Depois da Guerra”.Duca Tambasco – O que podemos adiantar é que o nome será “DDG Experience”.


Kboing – Deixem uma mensagem para os fãs da Oficina G3 que acessam o Kboing?
Duca Tambasco – Queremos desejar para vocês um feliz Natal e também boas festas com as famílias. Aproveitem bastante este final de ano que é muito bom poder reunir a família à mesa, comer bastante. Esperamos que Deus esteja na vida de vocês fazendo parte de tudo isso que Ele nos proporcionou que é um bem maior, a família. Desejamos 2010 com muita alegria, deseja muito “DDG Experience Tour” na sua cidadeAcessem o Kboing, e também vou fazer nosso ‘merchand zinho’aqui: acessem também o nosso site e no twitter, comunidade do orkut, enfim tem muitas coisas que você pode conectar e estar próximo da gente para saber como que está a nossa vida.um abraço para todos e Deus abençoe você!