Publicidade

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Brincando com LEGO

Pra quem gosta do LEGO... pitadas desse brinquedo sensácional.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O anacronismo bipolar.


Quais valores até hoje perduram de eras clássicas, como a grega e a sua democracia, na qual mulheres e estrangeiros eram excluídos de participarem da vida política? E da romana, em que o poder ditatorial Juliano foi instaurado? E do poder do papado e sua igreja medieval ou, por que não, do recente, o fascismo de uma Alemanha que se deixou convencer por um austríaco, e, sem esquecer-se de citar, do Brasil e a já conhecida frase “Bons tempos da “ditabranda”?
São questões como essas, que fazem das pessoas retrógradas, ao utilizarem-se do anacronismo para suas reflexões, pautadas em valores atuais.
Ou seja, o anacronismo defini-se pelo erro em colocar determinados assuntos, fatos que não está de acordo com a época, aparece sempre quando pessoas, eventos, objetos, costumes, sentimentos, pensamentos ou outras coisas que pertencem a uma determinada época são retratados em outra época. Anacronismos podem ocorrer em um relato narrativo ou histórico, numa pintura, filme ou qualquer meio. Como exemplo, no caso da pintura, O grito do Ipiranga de Pedro Américo ou colocar em filme medieval um celular.
Entretanto, até que ponto o anacronismo é bom ou ruim? Pensando nisso, tentarei de forma clara e sucinta levantar seus pontos apropriados e seus antônimos para esclarecer essa questão, de uma vez por todas, ou até que alguém com maior massa cefálica (ou tutano, como diria meu avô) consiga explanar melhor tais referências aqui apresentadas.
Saudosistas de plantão diriam que “bons tempos foram os da ditadura”. Em que medida ela, realmente, foi benéfica para o povo, se pensarmos em uma educação na qual o respeito ao professor era grande? Sim, talvez ela tenha sido favorável, além do que o aluno deveria ter boas notas, não sendo total culpa do professor se ele (o aluno) não tivesse o rendimento esperado. O que vemos hoje é uma anti-educação, onde o Estado e seu sistema falho, em desacordo com a humanização, dedica-se, ainda que de maneira velada, cada dia mais à “poluitização” das mentes, dos salários, da mídia, dos professores, que mal sabem a diferença entre ser educador/professor.
Porém, não quero aqui fazer apologia ao sistema ditatorial brasileiro, que isso fique bem claro em sua leitura, mesmo que se pensarmos em democracia veremos que ela não passou de uma simples palavra exposta em livros da então matéria “Estudos Sociais” durante esse período. A ideia principal é discorrer sobre as análises anacronicas totalmente pautadas em valores atuais.
Hoje em dia, ouvimos “lindas” frases, como: “Mas, na minha época não existia isso”, “Na minha época era diferente”. É certo que, épocas atrás, o número de habitantes era menor, não existia tanta movimentação, e a população estava mais preocupada com sua família. Todavia, tentar contextualizar os fatos do passado e ou trazê-los aos dias presentes e com isso julgá-los a partir da contemporaneidade, seria o mesmo que citar: “Os dinossauros viveram na mesma época que os Homo sapiens”.
Tudo bem que não devemos nunca pensar no futuro sem antes analisarmos o passado, para que assim tiremos lições e interpretações.
Então, a partir destes pressupostos, como deveremos nos comportar diante desse possível encontro espaço/tempo em desacordo? Bem, o primeiro ponto a esclarecer é que antes de analisarmos um e/ou outro fato passado para compreendermos o presente ou, quem sabe, o futuro, precisamos nos desprender dos valores existenciais em nossas mentes/vidas, muitas vezes acrescidos pela mídia globalizada, para que não continue existindo o chavão mais anacrônico – “sempre foi assim!”.